sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Sandman Me Vicia

Sempre que me deparo com Sandman, me vem um desejo de me deleitar no seu manto negro e desfrutar de seus contos, sempre ricos de mitos e cultura.
Sandman você me vicia!
Acho que Neil Gaiman o criou para pessoas como eu, insatisfeitas com a realidade.
Neil consegue juntar todas as filosofias em uma única família os Perpétuos(The Endless).
Sua genialidade me fascina, por isso que continuo a afirmar...Sandman me vicia...
Esse meu vício é muito caro, mas para tê-lo Sandman, farei tudo!
Sandman, Morpheus, Oneiros, Oniromante, Lorde Moldador, Sonho,Odin não importa como o chame, meus olhos percorrem todo o seu conteúdo quando estás em minhas mãos....

King of Dreams Book


The Endless (Os perpétuos)

Destino(Destiny)...

...é o mais velho dos Perpétuos.
No princípio havia a Palavra, e ela
foi escrita à mão na primeira página
de seu livro, antes mesmo de
ser pronunciada.




Morte...(Death)

"Quando a primeira coisa viva
existiu, eu estava lá esperando...
Quando a última coisa viva morrer,
meu trabalho estará terminado...
Então, eu colocarei as cadeiras
sobre as mesas, apagarei as luzes,
e fecharei as portas do universo,
enquanto o deixo para trás...",

Sonho/Sandman(Dream)...

E após toda uma era com
o Mestre dos Sonhos a nos
guiar por seu reino de fantasia,
nos deparamos com um novo
aspecto do Sonho...





Destruição(Destruction)...

"Cumpri o meu papel mais do que
adequadamente por dez bilhões de anos.
Uma moeda de dois lados:
destruição é necessária.
Nada novo pode existir
sem a destruição do velho."



Desejo(Desire)...

O limiar é maior do que podemos imaginar.
É uma estátua de Desejo,
ele ou ela própria.
(Desejo nunca se satisfez com um
único sexo. Ou apenas uma de qualquer
coisa... Exceto, talvez, o próprio limiar.)
O limiar é um retrato do Desejo,
completo em todos os detalhes, erguido,
a partir de seus caprichos, com sangue,
carne, osso e pele.


Desespero(
Despair)...
A cada janela aberta uma cena diferente
se revela. Em nosso mundo, a vista é
um espelho. Assim, quando você fita
seu próprio reflexo e nota os olhos
de Desespero sobre si, é fácil senti-la
agarrando e apertando seu coração.





Delírio(
Delirium)...
Seu reino é próximo, e pode
ser facilmente visitado.
As mentes humanas, porém,
não foram feitas para compreender
seu domínio, e os poucos
que viajaram até ele conseguiram
relatar apenas fragmentos perdidos.





quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pedras que Rolam Não Criam Limo


Pois é amigos, qnd eu penso que tudo está correndo bem, vem o irônico destino e PÊI te prega uma peça!


Como alguns sabem, estou para ir estudar na Espanha, aí aproveitando, consegui um Ceed na AIESEC da Espanha, tudo combinado, vou ajudá-los em Gestão da Informação, com ênfase em Gestão do Conhecimento.

Me ligam da FCAP, marcando uma reunião com todos os alunos que irão para a Espanha...Chega eu toda empolgada, feliz, contente e sorridente (acho que minha alegria é um pouco irritante) jurando que a carta de aceitação da Universidad de Alcalá de Henares tinha chegado e eu poderia dar entrada no meu Visto.

Gente, virei uma LittleFoot, em busca do vale encantado! Vejam como o Brasileiro consegue avacalhar TODO um sistema....

O pessoal que foi semestre passado sem bolsa, não pagou a matrícula, aí só irão libarar as cartas de aceitação quando o débito for pago.

Existe um esquema qnd se chega na Universidade de lá, para não pagar, é muito simples até fazer, foram da última vez 14 pessoas, sendo 4 bolsistas e o resto tendo que pagar...num é que esses 10 fizeram o tal esquema, pensando que não ia dar em merda....

Alguns já voltaram, e estão "resolvendo"... O que Poly Jones pode fazer?
Porra nenhuma, esperar...Mas Poly Jones Não espera...age...Vou infernizar a vida desses devedores...Minha viagem depende deles, então se preparem!

E as pedras com isso? É uma metáfora, em que a pedra sou eu, vivo sempre em busca de novos projetos, meios de sempre melhorar na minha vida pessoal e profissional. Por isso geralmente não permaneço muito tempo em um local, consequentemente não crio laços.

Porém não consigo passar em um lugar sem criar laços, me apego as pessoas....Claro se essas pessoas valerem a pena, se for um bando de devedor, eu atiro as pedras...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Pasárgada

O que diabos é Pasárgada? O que Manoel Bandeira quer dizer com esse termo?
Pasárgada num tem nada haver com Recife, nem rima...
Certo que na época em que ele escreveu ainda existia uma anarquia, opa Monarquia, todo aquele glamuor de reis, princesas, sapos e bruxas.
E Recife nessa história? E a danada de Pasárgada?
Mas na licença poética do Poeta Pasárgada é Recife, então falaremos desta cidade, pois é nela onde toda a minha história começou....

Nasci, to me desenvolvendo(I am an AIESECer) e por fim morrerei.

Me chamo Polyanna de Cássia(¬¬) Cintra Monteiro, Nascida dia 25 de março de 1987, na maternidade São Marcos às 23h50, Recife, Pernambuco, Nordeste, Brasil, signo de áries, ascendência em capricórnio, horóspoco chinês o coelho, horóscopo egípcio Sekhmet. Meu Dosha é Pitta-Vata, isso explica o modo em que eu me alimento.

Nasci em Recife e passei dos 2 aos 5 anos de idade morando em Olinda no bairro de Jardim Brasil, foi massa essa época eu tinha 3 cães enormes, sempre era a mais nova da "gang", lá foi onde criamos laços com uma outra família (eram nossos vizinhos) que até hj somos amigos, já nos consideramos parentes.

Fui aos 6 fui morar em Natal RN, cidade pacata levei meus cachorros, Bela (Fila Brasileira) e Sentopéia(Doberman), compramos Alfa(pastora alemã) e ganhamos o Lôro (papagaio). A casa era enorme, tinha piscina com sauna, bar e tudo mais, pena que eu era pequena demais para chamar os amigos e fazer um "Culto a Baco", passei a praticar o surf (bodyboard).Foi nesse tempo que sofri um acidente de carro, indo visitar minha avó no Recife, passei 1 mês internada no extindo João XXIII, depois voltei para Natal. Depois do acidente meu joelho nunca mais foi o mesmo, até então eu era uma criança chorona, mimada e manhosa. Depois, passei a ser uma criança, medrosa, mais calma e brincalhona.

Com meus 9 anos de idade tive que me mudar para Fortaleza, e ir morar num "apertamento", meu último dia em Natal foi um trauma, tive que dar minhas cadelas para um canil tomar conta. Chorei ao vê-las indo embora, chorei qnd cheguei na merda do "apertamento" em Fortaleza, chorei ao receber a notícia que Bela a fila brasileira tinha morrido, chorei mais uma vez em perceber que só restara a porra do papagaio chato que só fazia me bicar...

Sinceramente não gostei de Fortaleza, num trago nada de especial daquele lugar, então vou pular essa parte....

“Vou-me embora pra Pasárgada...”
Pois é, me vejo novamente morando no Recife, e com a merda do papagaio junto, minha relação com a cidade é muito espiritual, me sinto mais confortável aqui.
"Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar..."Opa, isso não me interessa...mas é verdade tem de TUDO em Pasárgada.

Então numa aula de literatura, chegou o modernismo, massa cara Semana da Arte Moderna de 1922 , e me aparece um monte de "POETEIROS" recitando uma bela poesia de Manoel Bandeira
Os Sapos
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinquüenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."

Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".

Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".

Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;

Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é

Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...

MERMÃO, era a musiquinha que eu cantava quando era pequena...Mas enfim e Pasárgada?
Tive que aprender a arte Dadá, mais o que é arte Dadá? Arte Dadá não é nada...é apenas Dadá, então Pasárgada faz parte do Dadaísmo? Não Polyanna...Pasárgada é uma poesia de Manoel Bandeira, isso não é suficiente? NÃO professora, ele não deve ter tirado do nada...Mas Polyanna um artista inventa as coisas, trás novas perspectivas, seu olhar do mundo....Certo, entendi, me vem um drogado me falar que Recife é Pasárgada e eu tenho que acreditar?

Mas é cultura...o que é Pasárgada? Polyanna, isso não vai cair no vestibular, então não se preocupe.


"Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca da Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d`água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada...."

Pasárgada é Recife, o rio é o capibaribe às margens da rua da Aurora, ele menciona essas coisas em Evocação do Recife...se Recife é Pasárgada, pq não ficou Evocação da Pasárgada?

Então, vou no Mafuá do Malungo (vai te fuder é cada nome que a galera inventa), restaurante no sobrado onde Manoel Bandeira nascera, e lá obtenho uma resposta:

“Vou-me embora pra Pasárgada” foi o poema de mais longa gestação em toda minha obra. Vi pela primeira vez esse nome de Pasárgada quando tinha os meus dezesseis anos e foi num autor grego. [...] Esse nome de Pasárgada, que significa “campo dos persas”, suscitou na minha imaginação uma paisagem fabulosa, um país de delícias [...]. Mais de vinte anos depois, quando eu morava só na minha casa da Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo, da mais aguda doença, saltou-me de súbito do subconsciente esse grito estapafúrdio: “Vou-me embora pra Pasárgada!”. Senti na redondilha a primeira célula de um poema [...].

Minha busca por resposta acabara...O que farei?